sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Historia de 12 caminhoneira vira tema de agenda e calendario. Historia de 12 caminhoneira vira tema de calendario


Garagem

HISTÓRIA DE 12 CAMINHONEIRAS VIRA TEMA DE AGENDA E CALENDÁRIO


Desde fuga por amor até o sonho de participar do Paris-Dakar, cada uma carrega na carroceria do caminhão relatos de anos nas estradas
“Minha vida é andar por esse país”. A canção popular Vida de Viajante do rei do baião, Luiz Gonzaga, pode ser considerada um hino para um grupo de 12 mulheres, caminhoneiras e guerreiras, exemplos de profissionalismo em um ambiente dominado pelos homens; as estradas. Esse seleto grupo foi escolhido para ilustrar o kit de final de ano da empresa paranaense Tortuga, maior fabricante de câmaras de ar da América Latina.
As caminhoneiras Veridiana Hennig, Elizabeth Lima, Iracema Celestina, Ivana do Carmo, Marcele Brambila, Maria Goretti Hebipein, Flávia Stein, Maria Simone Speranseta, Patrícia Concheski, Rosangela da Silva, Selma Aparecida e Tânia Maria Huçulak emprestam seus rostos e, principalmente, suas histórias de vida e trabalho para serem contatas na agenda corporativa, calendário de mesa e cartão temático da empresa.
 “A nossa proposta foi produzir o kit de final de ano com o intuito de valorizar e reconhecer essas profissionais. Elas representam uma pequena parcela das mulheres que deixam suas casas, filhos e famílias para ter uma vida nômade. Apesar das dificuldades, a história de cada uma mostra o amor que elas têm pela profissão que escolheram”, destaca Caio Fontana, diretor de Marketing da Tortuga.
 Todas têm em comum o fato de serem apaixonadas pela rotina do asfalto. A maioria tem uma ligação antiga com a boléia. Muitas têm pai, irmãos ou marido caminhoneiro. E, foi sob o olhar atendo destes, que deram as primeiras aceleradas e rodaram os primeiros quilômetros pelas estradas brasileiras.
 “Meu pai, com quem aprendi a dirigir, e meus irmãos são caminhoneiros. Sou separada de um caminhoneiro e o meu atual namorado também tem a mesma profissão. Além disso, meu filho de 12 anos já escolheu a profissão; carreteiro”, afirma a orgulhosa mãe Ivana do Carmo, caminhoneira há oito anos acostumada a cargas inflamáveis ou de alta periculosidade.
 “Eu sou filha de carreteiro e cinco dos meus 12 irmãos também são. Fui gerada, nasci e vivi até os sete anos dentro da carreta. Já está no sangue!”, complementa Maria Goretti.
Entre os relatos de suas vidas estão muitas histórias de amor, como a de Iracema, que fugiu dos pais com sua grande paixão, alegrias e amizades feitas nas estradas. E também muitos apuros. Marcele, por exemplo, conta que, por causa do cabelo curto, já foi confundida com um homem no banheiro feminino e ameaçada por um marido-caminhoneiro com um facão na mão. Elas também passaram por muitos momentos de tensão por conta das condições precárias de muitas estradas, relata Elizabeth.
 “Fiz muita viagem com meus filhos. No Nordeste, muitas pontes eram apenas troncos de árvore. Eu mandava os meus filhos descerem do caminhão e ficar esperando do outro lado da ponte. E, dizia: se a mãe cair, não se apavorem”, conta Elizabeth que começou a dirigir aos 16 anos para ajudar o irmão a “puxar” madeira.
 Na lista de desejos para o futuro, um é a unanimidade; muitas das caminhoneiras querem comprar o próprio caminhão. Mas, um sonho ganha destaque. Maria Simone teve o gosto por caminhões despertado enquanto viajava com o marido. Hoje, além de dirigir pelas estradas, encontra tempo para participar de provas de perícia, com muito sucesso. E, o desejo é chegar ainda mais longe.
 “Hoje, o meu principal desejo é ter mais caminhões e constituir uma frota. Pois, o sustento da minha família vem da estrada. Nas horas vagas, eu gosto de participar de competições e gincanas. A adrenalina vai a mil. Mas, o grande sonho mesmo é participar da competição Paris-Dakar. Quem sabe um dia o sonho não vira realidade”, diz a caminhoneira.
 No calendário e na agenda, a história de cada uma das 12 caminhoneiras será contada através de um poema individual, especialmente escrito com base nos relatos pessoais.
Ficha Técnica
Janeiro – Rosangela da Silva – 30 anos – Natural de Curitiba/PR
Fevereiro – Flávia Stein – 28 anos – Natural de Curitiba/PR
Março – Maria Goretti - Natural de Lages/SC
Abril – Veridiana Henning - 29 anos – Natural de Rio Negro/PR
Maio – Iracema Celestina – 59 anos – Natural de Palmeiras das Missões/RS
Junho – Maria Simone Speranseta – 37 anos – Natural de Adrianópolis/PR
Julho – Patrícia Concheski – 37 anos – Natural de Curitiba/PR
Agosto – Tânia Maria Huçulak – 32 anos – Natural de Curitiba/PR
Setembro – Elizabeth Lima – 52 anos – Natural de Vacarias/RS
Outubro – Selma Aparecida – 28 anos – Natural de Ibaiti/PR
Novembro – Marcele Brambila – 31 anos – Natural de Campo Mourão/PR
Dezembro – Ivana do Carmo – 38 anos – Natural de Curitiba / PR
Cowboys do asfalto.com.br

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